Foi um evento impecável em todos os sentidos e com a sorte de São Pedro ter segurado as perspectivas de muita chuva para aquele dia. O evento estava muito bem organizado pela Romagnoli Promotora de Eventos e foi um sucesso de público com mais de 45.000 ingressos vendidos.
O Time laranja da KTM fez a festa e colocou seus principais pilotos no topo do Podium.
Na abertura do evento houve uma grande homenagem aos precursores e campeões do motocross Nacional e que foi muito legal e emocionante, apesar de haver uma séria falha por parte da organização que se "esqueceu" de convidar grandes nomes que jamais poderiam deixar de estar presentes, entre eles Jorge Balbi (pai do multicampeão Jorge Balbi Jr. e Mariana Balbi), Geraldo Starling, Denísio Casarini, Walter "Tucano" Barchi, Paulo "zaulé" Salvalagio, Guilherme Boeing, Carlos Augusto "Scateninha", Leo Dias e mais alguns que sempre batalharam e ajudaram a crescer o esporte ao longo da vida e que foram simplesmente "esquecidos" como já relatado.
Alguns se autodenominaram "os excluídos", o que gerou um certo sentimento de descaso e desprestígio por parte da organização que não teria inconveniente algum em convocá-los e que certamente iriam enriquecer o espetáculo ao fazer uma homenagem ampla àqueles que deram a largada inicial do esporte no País.
Assim que acabada a homenagem aos precursores foi dada a largada da primeira bateria da MX2 em que Jeffrey Herlings mostrou mais uma vez porque é o atual líder do campeonato e franco candidato ao título com 90 pontos de vantagem sobre o segundo colocado no campeonato Jordi Tixier.
Herlings largou mal, teve uma pequena queda e na primeira volta passou na 7a posição. Herlings fez uma prova de recuperação para vencer a prova que levou o público ao delírio com suas ultrapassagens e pilotagem arrojada. A pista estava fantástica, com o piso que foi compactado e muito bem preparado nos dias que antecederam a prova, garantindo muita aderência e possibilitando alta velocidade nas retas e curvas do motódromo que era de alta velocidade com duplo e triplos enormes, garantindo um show de pilotagem para o público presente.
Nesta primeira bateria o time laranja da KTM colocou suas motos nas 4 primeiras posições do Podium, o que fez com que Estefan Everts, o maior piloto de todos os tempos e hoje Chefe de Equipe da KTM pudesse se consagrar também como um grande Team Manager da modalidade. Sob o seu comando a KTM tem feito uma temporada impecável no certame mundial.
Na sequência foi dada a largada da MX1, com Cairoli largando na ponta e sumindo na frente dos demais competidores. Foi impressionante a tocada dos dois vencedores da MX1 e MX2 que se diferenciavam demais dos demais competidores. Com as motos sempre na tocada " redonda " e sem fazer muito barulho, era impressionante ver que, mesmo com uma tocada mais tranquila e precisa que até davam a impressão de não trazer muito resultado, ambos estavam andando de 1 a 2 segundo mais rápido por volta, o que lhes garantiu as vitórias com tranquilidade.
Por volta das 16:00 horas foi dada a largada da Super Final na qual participam os 20 primeiros colocados da MX1 e os 20 primeiros da MX2, trazendo assim um diferencial na disputa da prova. Desta vez e nesta pista o domínio foi total das MX1 o que nem sempre ocorre pois as 250 cc são sempre muito rápidas também em relação às 450 cc. Nova vitória de Cairoli não tomou conhecimento dos demais competidores e venceu com facilidade consolidando sua liderança no campeonato com uma vantagem de 52 pontos sobre Gautier Paulin.
Pelo sucesso do evento e da presença de público, seria fácil sonhar com etapas do AMA no Brasil, o que infelizmente não acredito que possa ocorrer ou presenciar em vida, já que o campeonato americano que eles chamam de Mundial de Supercross está tão consolidado e tem tamanho retorno em terras americanas que o interesse por lá em realizar etapas foras do seu continente é praticamente nula.
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